top of page

Porque comemos de garfo e faca?

  • Sthefane Pêpe
  • 18 de fev. de 2016
  • 2 min de leitura

Há muitos anos o ato de alimentar era considerado sagrado e devia ser feito com as mãos para que assim a pessoa tivesse em maior contato com Deus. Então, quando a Princesa Teodora, filha de Constantino VIII, Imperador do oriente, veio de Constantinopla para se casar com o ‘Comandante’ de Veneza, Domênico, trazendo consigo uma espécie de garfo de ouro, da pra imaginar o tamanho do problema.

As menções a esse utensílio são muito mais antigas que se possa imaginar, havendo relatos sobre ela em 600 a.C. Acredita-se que a sua verdadeira origem foi nas civilizações gregas e romana, quando o garfo possuía apenas dois dentes e era usado sobretudo para servir os alimentos. A princesa Teodora o utilizava para comer frutas cristalizadas.

Foi proibido pelo clero devido à semelhança com a forquilha, reaparecendo lentamente somente no século XV na Itália. No século XVI, Catarina de Médici levou-o até França, mas a aceitação foi difícil pois os franceses não viam nele grande utilidade chegando mesmo a afirmar que o metal deturpava o sabor dos alimentos.

Sendo inicialmente partilhado por várias pessoas, Henrique III de Inglaterra tornou-o mais popular criando o garfo individual dando assim a possibilidade (muito mais higiénica) de cada pessoa usar apenas o seu.

A partir do séc. XVII o garfo tornou-se cada vez mais difundido na Europa sendo usado em quase todos os lares. Tornou-se mesmo um símbolo de luxo e posição começando até a ser apreciado pelos próprios padres. Neste século a situação inverteu-se e era agora considerado indecoroso comer com as mãos.

Em finais do séc. XVII surgiu o modelo com mais um dente, tendo o actual aspecto de quatro dentes sido criado no começo do séc. XIX. Esta última versão foi amplamente impulsionada por Fernando de Bourbon que detestava ver os longos fios de esparguete escorregar nos garfos de três dentes.

Já a faca é o mais antigo dos talheres. Na Pré-História, as facas eram produzidas manualmente a partir da pedra, bronze, ou ferro, estas desenvolvidas pelos celtas. Na Idade Média, a faca era considerado objeto pessoal útil, sendo carregada presa na cintura à guisa de punhal. Não se cogitava usá-la como serviço de mesa. Nessa mesma época utilizavam-se pequenas facas para diversos fins, tais como: cortar fatia de pão, picar a carne e levá-la à boca.

Por volta de 1630, o Cardeal de Richelieu, um político francês e primeiro ministro de Luís XIII, era um grande defensor de boas maneiras. Ele sugeriu que cada homem tivesse um objeto cortante para usar somente a mesa.

Posteriormente, no reinado de Luis XIV, na França, apareceram facas com cabos de madeira, ou metal, produzidas por ferreiros, que as decoravam com cruzes. A confecção de cabos de facas evoluiu desde o uso da madeira; ao chifre de alce, o marfim retirado dos elefantes e considerado material precioso; ébano, importado da África; prata; nácar e âmbar.

Depois disso, foi bem fácil a associação de um objeto para espetar alimentos a outro objeto afiado para corta-los. Desde então, não é tão educado, na maioria das culturas comer com as mãos, e sim, com os mais famosos utensílios culinários: garfo e faca.



Sites:

*

"O que achou? comente aí!

Não se esqueça de nos seguir nas redes sociais"

댓글


Posts Em Destaque
Posts Recentes
Procurar por tags
  • 79DlMMEw_400x400
  • Instagram-Icon-Png-Clipart
  • Facebook Social Icon
© Contos em Z 2015-2019
VISITAS
bottom of page